7 de ago. de 2016

Eliminando Vizinhanças indesejáveis com o uso de Passive-Interfaces


Observe a Figura acima, os roteadores R1 e R2 possuem diretamente conectadas as VLANs 10, 20 e 30, além de um link ponto-a-ponto em camada 3. Ao ativarmos um protocolo de roteamento como o EIGRP ou o OSPF entre eles, cada router tem 4 diferentes caminhos para chegar as redes de seu vizinho, conforme a figura abaixo:


A rede assim foi concebida para que os hosts na camada de acesso tenham dois roteadores que possam servir como gateway-padrão, após a configuração de um protocolo de redundância de primeiro salto, como o HSRP, VRRP ou GLBP. O fato é que estes links de camada 2 que servem de redundância entre as camadas de acesso e distribuição causam vizinhanças indesejáveis, pois cada adjacência ocupa recursos preciosos de CPU e memória, além de aumentar a complexidade da tabela de rotas e faciltar a criação de loops na rede. Veja os caminhos redundantes na tela abaixo:


Usar os links de acesso para comunicação entre os roteadores de distribuição não é uma boa prática, os links geralmente não são tão parrudos quanto os de distribuição e core, podendo criar gargalos indesejados. Para resolver isso, vamos tornar todas as interfaces VLAN usados no cenário passivas (só recebem mensagens do protocolo de roteamento, mas não enviam resposta, impossibilitando a criação de vizinhança em protocolos como OSPF e EIGRP):


Pronto! AS vizinhanças indesejáveis foram removidas, mas note que as redes das interfaces passivas continuarão a ser anunciadas, estas interfaces ainda participam do processo de roteamento conforme vemos abaixo:



Espero que este cenário sirva como referência de uma utilidade prática para o uso de passive-interfaces. Nos cursos CCNA ela é abordada, mas muitas vezes sinto que falta um exemplo como este para entender melhor sua aplicação

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