16 de abr. de 2014

Cisco entra na corrida da computação em nuvem


A Cisco, mais conhecida como uma fabricante de hardware para redes de computadores, é a mais recente de uma série de vendedores de tecnologia que espera capitalizar a disposição de muitas empresas para contratar serviços de computação em vez de comprar e manter seus próprios equipamentos.

A Cisco afirma que o investimento será direcionado à formação de centros de dados para ajudar a gerenciar os novos serviços, chamado Cisco Cloud Services (ou Cisco Serviços em Nuvem), que também vai empregar conjuntos de computadores operados por parceiros. As empresas-clientes, afirma a Cisco, poderão contar com sua capacidade de computação para tarefas de tecnologia a informação, como monitorar pedidos de seus próprios clientes e permitir que funcionários acessem seus computadores de trabalho a partir de qualquer aparelho conectado à internet.

"As empresa estão buscando maneiras diferentes de fazer o [trabalho de] IT", diz Rob Lloyd, presidente da Cisco para desenvolvimento e vendas. "Todo mundo está concluindo que a nuvem pode ser um veículo para obter economias [e] reduzir custo."

A Cisco baseou o seu negócio, que gera uma receita anual de cerca de US$ 49 bilhões, principalmente na venda de equipamentos que transporta dados entre servidores nos centros de computação das empresas e entre essas máquinas e a internet. A nova iniciativa da companhia é um sinal de que a nuvem está levando as gigantes da tecnologia a repensar suas estratégias, num momento em que cada vez mais empresas trocam os gastos em hardware próprio por serviços externos.

A Amazon, embora mais conhecida por suas operações de comércio eletrônico, foi uma das pioneiras no mercado de computação em nuvem. Analistas estimam que sua unidade para esses serviços, chamada Amazon Web Services, fatura US$ 3 bilhões ou mais por ano. A firma de serviços financeiros Robert W. Baird & Co. projetou que cada dólar que as empresas gastam no Amazon Web Services substitui US$ 3 a US$ 4 em gastos com serviços convencionais de tecnologia da informação.

Muitos dos clientes da Amazon são novatas da internet que preferiram não montar estruturas próprias de computação. A Cisco e alguns outros concorrentes da Amazon estão se concentrando mais em grandes empresas e agências governamentais que ainda querem ter suas próprias redes de computadores para controlar suas tarefas computacionais mais importantes, mas vão adotar serviços em nuvem para outras necessidades.

"Não significa que estamos embarcando numa estratégia de disputa frontal com a Amazon", diz Lloyd, da Cisco.

As abordagens da Cisco e da Amazon são diferentes em outras maneiras. Em alguns casos, a Cisco pretende vender seus serviços em nuvem para companhias de telecomunicações, que por sua vez os usarão num pacote de serviços baseados na internet que elas já vendem para outras empresas.

Fonte: http://online.wsj.com/article/SB10001424052702304679404579459211628316356.html?dsk=y&mg=reno64-wsj&url=http://online.wsj.com/article/SB10001424052702304679404579459211628316356.html#articleTabs=article

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